Linha Amarela
Saindo do shopping, olhou para as vagas dos carros e pensou em como aquelas linhas amarelas limitavam e ao mesmo tempo organizavam o funcionamento do estacionamento. Sem reparar em mais nada, guiava o seu olhar pelos retângulos amarelos até quase ser atropelado por um veículo que fazia uma curva em alta velocidade. Depois de ter sido xingado pelo motorista que balançava a cabeça num gesto de inconformismo, ele continuava a sua peregrinação pelo estacionamento, sem se preocupar com o tempo ou com a chuva fina que cobria a sua cabeça.
Na verdade, àquela hora da manhã, poucos carros preenchiam o espaço reservado para tal e isso permitia uma circulação livre, assim como fluiam os seus próprios pensamentos. No entanto, não conseguia deixar de imaginar o que seria daquele estacionamento sem aquelas meras linhas amareladas e mal pintadas no solo do centro comercial. Pensava no que seria do mundo sem as linhas amarelas do pensamento e da moral. Será que o Universo deixaria de se expandir, caso existissem linhas amarelas na época da sua formação?
O percurso já quase chegava ao fim quando resolveu pisar em cima das linhas e, como numa brincadeira infantil, equilibrar o seu pé sobre a reta imaginária enquanto continuava a meditar sobre a Teoria das Linhas Amarelas. Os carros paralelos entre si eram a prova de que a sociedade precisava daqueles limites. Mas ao mesmo tempo, ao olhar para os outros veículos, tortos e mal estacionados, não deixava de pensar em como aquelas linhas só existiam na sua própria cabeça e na de quem lia linhas no vazio.
De repente, e de propósito, se deixa cair de cima da linha de 1 milímetro de altura e começa a olhar para o horizonte dos tetos dos automóveis. Os carros organizados deixaram de fazer sentido para ele e cada vaga retangular passou a ser apenas uma pausa para a próxima linha, até a próxima pausa, até que elas não existam mais. Vivia, assim, na esperança das marcas desbotadas perderem a sua cor para sempre.
Na verdade, àquela hora da manhã, poucos carros preenchiam o espaço reservado para tal e isso permitia uma circulação livre, assim como fluiam os seus próprios pensamentos. No entanto, não conseguia deixar de imaginar o que seria daquele estacionamento sem aquelas meras linhas amareladas e mal pintadas no solo do centro comercial. Pensava no que seria do mundo sem as linhas amarelas do pensamento e da moral. Será que o Universo deixaria de se expandir, caso existissem linhas amarelas na época da sua formação?
O percurso já quase chegava ao fim quando resolveu pisar em cima das linhas e, como numa brincadeira infantil, equilibrar o seu pé sobre a reta imaginária enquanto continuava a meditar sobre a Teoria das Linhas Amarelas. Os carros paralelos entre si eram a prova de que a sociedade precisava daqueles limites. Mas ao mesmo tempo, ao olhar para os outros veículos, tortos e mal estacionados, não deixava de pensar em como aquelas linhas só existiam na sua própria cabeça e na de quem lia linhas no vazio.
De repente, e de propósito, se deixa cair de cima da linha de 1 milímetro de altura e começa a olhar para o horizonte dos tetos dos automóveis. Os carros organizados deixaram de fazer sentido para ele e cada vaga retangular passou a ser apenas uma pausa para a próxima linha, até a próxima pausa, até que elas não existam mais. Vivia, assim, na esperança das marcas desbotadas perderem a sua cor para sempre.
Celinho foi um baixista de uma banda que eu toquei. Grande pudim-de-trago. Espero que não seja assim contigo hahaha. Há braços!!
Posted by Anônimo | 7:34 PM
mas aí vem alguém e pinta a linha de novo, não é?
e pensar que mesmo retas e amarelas, as pessoas muitas vezes não procuram ser assim e são chamadas de barbeiros. meu os chamo assim...rs
Posted by Anônimo | 1:02 PM
Pra mim, Linha Amarela é aquela via expressa do Rio de Janeiro... Praia!!! :-D
Posted by Milady Carol | 3:40 PM