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The Quantic Soul Orchestra

Descobri esse álbum por acaso nas prateleiras da FNAC e foi uma grande descoberta. O conjunto formado e liderado pelo inglês Will Holland é uma boa surpresa no meio de tantos falsos alarmes no R&B/funk/soul/FM/Whatever. O músico reanima o soul e o funk da década de 60 e 70, com um som rasgado e swingado, melodioso o suficiente para ficar nos ouvidos depois da primeira escuta.
A batida começa com "Introducing The Quantic Soul Orchestra", um funk nervoso e tradicional, seguido por "West Pier Get Down", com um swing de guitarra, bateria e metais bem dançante. Sou ligeiramente suspeito para falar sobre metais porque não tem nada melhor numa música do que um bom naipe de metais e um arranjo bem feito. Ok, há outras coisas tão boas quanto isso, por exemplo a batida de violão do (então) Jorge Ben, juntamente com o arranjo de orquestra, principalmente nos primeiros álbuns do actual Ben Jor. Mas voltemos ao Quantic Soul. A terceira faixa dá o nome ao álbum, "Pushin' On" e conta com a participação da vocalista Alice Russell, assim como em grande parte do disco. Estamos no mais puro funk anos 60/70. E viva o verdadeiro funk. Continuamos com "That Goose On My Grave", com duas guitarrinhas dialogantes e uma bateria sincopada intrometida. É ouvir e deixar o vento passar pelo rosto.
Chegamos quase ao meio do álbum e Alice Russell está de volta com uma nova versão de "Feelin Good", com um arranjo de cordas, uma batida drum'n bass e uma bela voz que, se não impressiona, cumpre o seu papel. "The Conspirator" é a próxima música e, de repente, voltamos aos filmes de blaxpoitation dos anos 70, mas o drum 'n bass ainda não foi embora. A mistura agrada. "Hands of My Love" traz Alice Russell com uma repetição que chegaria a ser irritante se não fosse os discretos detalhes instrumentais ao longo da música.
Segurem-se. Estamos quase acabando. Guitarra, hammond e voz: "Hold on Tight". Já ia esquecendo o naipe de metais continua presente. "Get a Move On", para mim é a melhor música do álbum, pelo menos pelo começo, com o qual é impossível ficar indiferente. E de repente, as flautas entram..será que convidaram Ian Anderson? Não, mas bem que poderia ser. "Painitngs and Journeys" é a penúltima faixa e é talvez a música mais contemporânea do disco. Passo. "End of the Road" termina a estrada e o álbum, com um funk/soul tradicional, na voz de Alice Russell.
Por mera coincidência, a última edição do caderno de cultura do jornal português Público, o Y, também avaliou esse álbum. Deu nota 7. Eu concordo. Se não é genial, é muito mais do que bom. Acima de tudo, para apreciadores do bom e velho soul/funk.

Ae Dr. Celinho, valeu pela recomendação, vou baixar o disco pra sentir os efeitos. depois apresento minhas impressões!

Abrasssss

Já peguei o som e achei bem loko.

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