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Rock in Rio Lisboa - parte I

Por motivos de trabalho, fui ao Rock in Rio Lisboa. Não estou desdenhando, até fiquei bem feliz por poder ir ao festival, mas como devem imaginar, ir a um show de rock a trabalho e sozinho não é a mesma coisa que ir com um grupo de amigos. Não cito a empresa que me levou, mas é uma empresa de combustíveis e gás, que era patrocinadora e fez uma promoção entre clientes e pessoas que compraram um ou mais botijões de gás deles. Eu fui fazer a cobertura da viagem. Cada pessoa podia levar um acompanhante, ou seja, o ônibus era composto por 23 vencedores e 23 “bicões-melhores-amigos-ei-lembra-de-mim?”, que foram comigo até Lisboa numa longa viagem.
A viagem por si só é bem rápida, nem chegando a 3 horas de carro, mas lá fora, o sol escaldava. Depois de distribuídos os kits “veja-como-nós-somos-legais-e-simpáticos”, constituído por um chocolate, um leque de plástico, uma camiseta do Rock in Rio Lisboa – com o slogan “EU VOU” – um mini boneco de espuma em forma de botijão de gás e uma garrafa de água, recebemos duas senhas para refeição, sendo elas, almoço e jantar.
Ao ler o papel da senha, descobri que iríamos almoçar no Wild Bean Café, o que me assustou bastante, mas logo pude ficar mais assustado, quando descobri que os feijões selvagens eram na verdade o nome do bar do posto de gasolina no meio do caminho.
Ao chegarmos lá, duas equipes de TV esperavam pelos incautos viajantes. A primeira gravava um DVD institucional para a empresa e a outra, pelo que eu entendi, para o Rock in Rio Lisboa. Enquanto esperavam na fila, as vítimas eram obrigadas a sorrir e fazer cara de contente para as câmeras. Isso enquanto esperavam receber o menu, composto por uma sopa servida numa tigela de plástico, um sanduíche pré preparado, um refri e um café. Realmente sorrir não era tarefa fácil.
Como sobremesa, os viajantes foram entrevistados pela segunda equipe de TV, composta por um repórter de 1,95m de altura que falava três ou quatro palavras de português, por isso, antes de entrevistar cada um dos sortudos, o cara perguntava se eles falavam inglês. Alguns, com rapidez de raciocínio, diziam que não e escapavam para uma sombra. Outros tinham que enfrentar a besta.
Já dentro do ônibus novamente, uma terceira equipe de TV perguntava aos vencedores como tinham participado, o que gostariam de ver no Rock in Rio Lisboa e o que achavam do novo botijão de gás da empresa. Não preciso dizer que a última pergunta era respondida com monossílabos e com “Ah, acho legal”, ou com um elucidativo “ehmmmmm..”.
Chegando em Lisboa, era a hora da entrada, mas esperem, ainda não! Era a hora de uma filmagem em conjunto do grupo “sendo muito feliz e sorrindo muito”, cena que precisou ser refeita por quatro vezes, principalmente pelos precários dons de animador do cinegrafista.
Hora de revista e passagem pela polícia e segurança, que vistoriavam as sacolas e mochilas e abriam as garrafas de água, não permitindo a entrada das tampinhas. A partir daí me tornei o jornalista mais feliz do mundo, com uma garrafa de água de meio litro sem gelo e sem tampa no calor de 35 graus de Lisboa e ainda 11 horas de festival pela frente. E, para a minha surpresa, quem eu encontro do lado de dentro do recinto? Ok, um boneco gigante vestido de botijão de gás derretendo (ou explodindo?) de calor, mas além dele? Vendedores de água! Surprise!

Continua nos próximos dias...

Esse programa foi patrocinado pela FUNAI? :-)

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