Fair Trade é um movimento internacional pela comercialização de produtos agrícolas oriundos de países em desenvolvimento que sejam pagos pelo preço justo. Em todo o mundo existem muitos produtos que já têm o selo Fair Trade, que garantem que o bem foi produzido de acordo com critérios artesanais e de qualidade e que os preços praticados respeitaram o agricultor. Um dos produtos brasileiros mais conhecidos que recebem o certificado é o café. Através do Fair Trade, os agricultores sabem que receberão um preço justo pelo seu produto, permitindo que a qualidade de produção se mantenha e que a família do agricultor possa viver com dignidade.
A Nestlé, que já defendeu que o pagamento de preços acima do valor de mercado para os agricultores poderia desequilibrar o mercado, já aderiu ao movimento em alguns dos seus produtos, obviamente também aproveitando a onda positiva que tem sido gerada em volta do Fair Trade.
O objetivo do movimento é proporcionar melhores condições de comércio principalmente ao micro e pequeno produtor que quer ver os seus gêneros - geralmente de qualidade - serem pagos pelo valor justo. A definição é reconhecida pelas quatro organizações de Comércio Justo reconhecidas.
Um exemplo do Fair Trade é o chocolate. Anualmente, comemos o equivalente a sessenta bilhões de dólares em chocolate em todo o mundo.
Mesmo assim, milhões de produtores de cacau vivem na pobreza e na miséria por não terem a sua produção paga de forma adequada e justa.
A reunião da Organização Mundial de Comércio (OMC) começou na terça-feira em Hong Kong e colocou sobre a mesa o velho problema dos subsídios europeus. A União Europeia propõe um corte de 39% nas suas importações agrícolas, enquanto o G20 (grupo de países em desenvolvimento liderado pelo Brasil e pela Índia) propõem um corte de cerca de 54%.
Durante os dias da reunião da OMC, cerca de 17,8 milhões de pessoas já tinham assinado o manifesto do Big Noise que pretende que as vozes dos pequenos agricultores seja ouvida pelos líderes dos países mais ricos do mundo. Dos 17,8 milhões, 80% são oriundos dos países em desenvolvimento. Alguns artistas e cantores foram fotografados para a campanha para promover a causa. Lá, pessoas como Antônio Banderas, Michael Stipe, Alanis Morrissette e Colin Firth foram "despejadas" com produtos como café, leite, cereais ou grãos. Vale a pena dar uma olhada e assinar o manifesto
aqui.