quinta-feira, setembro 28

Prosaico Podcast - FCC Song


Inaugurando o Prosaico Podcast, coloco aqui uma música escrita em 2004 pelo gênio e eterno Monty Python, Eric Idle. FCC Song, também reconhecida como "fuck you very much" é uma referência à Federal Communications Commission (FCC) dos Estados Unidos, que proibiram a veiculação da palavra "fuck" cantada ou falada na rádio pública norte-americana, sob a pena de multa de 250 mil dólares. Por isso Eric diz "Here’s a little song I wrote the other day while I was out duck hunting with a judge… It’s a new song, it’s dedicated to the FCC and if they broadcast it, it will cost a quarter of a million dollars." A canção foi usada em muitos sites e protestos anti-Bush e não perdoa muita gente, vale a pena ouvir.
Podem acompanhar a letra aqui.



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terça-feira, setembro 26

O Nome da Cousa

Ei! Você conhece o Ruivo? E a namorada dele? Mas antes de dizer sim ou não, você tem que me perguntar: "Qual das namoradas?". Mas para conhecer não adianta perguntar para o vizinho nem para o cunhado, a não ser que eles tenham juízo na cabeça e tenham lido O Nome da Cousa, o livro da queridíssima-idolatrada-salve-salve Fal Azevedo.
Se você me perguntar quem é Fal Azevedo, deixe de ler essas linhas e vá já para o Drops da Fal(mas volte logo) para saber mais sobre a rainha da blogosfera brasileira. Ela adora gatos, é casada com o Alexandre, mora na Vila Sônia e escreve como ninguém e lançou um livro há meeeeses atrás. Viu como você está desatualizado?
Tem muitas outras coisas que você tem que saber sobre ela, mas para isso é preciso ler o Drops, lugar de encontro da nata da blogosfera mundial e o lugar com os melhores resumos de novelas da Globo(procure la pela Malíssima e pelas Paginas Relidas). E a vantagem é que a Fal tem um blog dois em um. Isso mesmo, caro leitor, você paga um e leva dois blogs inteiramente grátis! Isso porque o Livro de Visitas(ou comentários) do Drops é praticamente outro blog que pede leitura diária. Pode ir lá no LV, que é o FAQ da Fal, que ela responde tudo sempre com aquele ar carinhoso e atencioso que conquistou a blogosfera.
A Fal consegue se dividir para escrever aqui, ali e acolá, ser querida, ir ao supermercado às 3 da manhã e ainda trabalhar! Veja você! Garanto que em pouco tempo de leitura, o leitor vai começar até a cobrar novos posts da dona do Drops, como se ela fosse paga para nos divertir. Epa, mas aí é que está, ela recebe sim, basta você comprar mais momentos de prazerosa leitura, ou seja, O Nome da Cousa, aqui. Garanto satisfação instantânea numa leitura que, se é boa a duas mãos, é melhor ainda a quatro mãos, if you know what I mean. Ligue djá!

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domingo, setembro 24

Uma musiquinha pra relaxar

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quinta-feira, setembro 21

Xô Sarney!

A má notícia é que o Sarney conseguiu colocar um direito de resposta no Blog da Alcinéa Cavalcante. Vejam lá, está no dia 20/09. A boa notícia é que podemos comentar! Uhuu!
Como diz o Guto: me tira do ar, bigode!

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Sem título


Calvin & Hobbes, by Bill Waterson.

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terça-feira, setembro 19

A consulta

- Eu queria marcar uma consulta no Dr.. eeeehmm.. Fa.. Fabio!
- Dr. Fabiano?
- Isso! Desculpa, eu confundo sempre Fábio com Fabiano - disfarcei.
- Pode ser para amanhã..ou é urgente? - questinou, desconfiada, a secretária.
- É super urgente! Estou com graves problemas de saúde e preciso de uma opinião especializada imediatamente!
Meu problema de saúde atendia pelo nome de "necessidade de justificar uma falta no trabalho" e o remédio eu já tinha: "Atestado Médico". Mas achei desproporcionado expor a minha saúde ali no meio da sala de espera na frente de tantos doentes. Poderia ferir a suscetibilidade de algum incauto.
- O Dr. vai atendê-lo daqui a pouco, pode aguardar um pouco..
- Obrigado - agradeci tentando esconder o entusiasmo. Depois de percorrer a cidade toda atrás de um médico que passasse um atestado de doença para justificar a minha viagem prolongada até o Nordeste, encontrar uma boa alma que o fizesse era uma ótima notícia, mesmo que ele ainda não soubesse o porquê da minha visita.
Sentei naquelas semi-confortáveis cadeiras das salas de espera dos consultórios, onde o objetivo é dar conforto sem que você se sinta tentado a passar a tarde ali lendo revistas do ano passado.
Em trinta minutos, descobri a dieta da Rita Caddilac, que a Sônia Lima tem saudades dos tempos de jurada do Show de Calouros, que a princesa Diana iria passar férias no Caribe e que Adriane Galisteu tinha se separado do namorado. Apenas a última notícia era atual, mesmo porque ela nunca perde a atualidade.
- Sr. Procópio! - Depois de ficar antenado com a realidade de 1997, ouço o meu nome no fundo do corredor.
Jogo a revista em cima da mesa com ar de desprezo e dou uma leve corrida em direção ao consultório, como se fosse receber um prêmio. A porta, entreaberta, escondia uma sala iluminada pelo sol da manhã, mas com um mobiliário requintado o suficiente para me mostrar que estava no espaço de alguém muito mais importante do que eu, simples mortal.
- Boa tarde.. - arrisquei baixinho enquanto entrava.
- Humpft.. - respondeu com entusiasmo o médico, completando com um seco: "Qual é o seu problema?"
- Bem, Dr.. eu, na verdade, não tenho propriamente um problema, eu vim aqui porque queria, se fosse possível.. Se não houver problemas para o senhor..
- Um atestado? - interrompeu o médico.
A ligeireza me surpreendeu, mas ao mesmo tempo ativou toda a cara de pau que havia em mim.
- Sim, sabe como é, estou fazendo mudanças na minha casa e precisava de dois dias para preparar tudo, depois no fim de semana uns amigos vão me ajudar com a movimentação dos móveis e depois precisava de mais dois dias para a arrumação na casa nova.. - resolvi não falar da viagem para o Nordeste, afinal uma mudança é considerada mais nobre do que uma mera e preguiçosa viagem de uma semana para o Nordeste.
- Uma semana chega?
Demorei dois segundos para responder e quando percebi estava com as praias, a água de coco, e os pestiscos à beira-mar estampados na minha testa, como uma tela de cinema.
- Está ótimo. Tenho certeza que vou conseguir fazer tudo o que preciso nesses dias, obrigado.
E ele terminou de escrever o atestado como se passasse uma receita, e no meu pensamento ele dizia: "Tome esse atestado de oito em oito horas e faça um repouso nos próximos sete dias".
Depois de deixar um cheque pesado nas suas mãos para pagar a consulta, afinal o paraíso de faltar no trabalho tem o seu preço, despedi com a cara mais séria do mundo, pronto para dar o pulo e comemoração do Pelé no corredor do consultório. Mas mantive a Copa de 66 na cabela e fui contido.
- Boa tarde, Dr. até a próxima!
- Boa tarde, e boas férias - completou, emendando logo - e boas mudanças!
Agradeci sem saber quais dos dois desejos estava agradecendo, mas sabendo que se os médicos não são deuses, pelo menos são oniscientes.

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sábado, setembro 16

Chutes na árvore

Fico sempre intrigado com a quantidade de pessoas que gostam de balançar a árvore para ver quantas frutas caem. Nos últimos dias, li alguns textos sobre o show de Chico Buarque, mas destaco este, do Xico Sá, no No Mínimo. Poderia discorrer sobre a paixão feminina pelo Chico nas suas mais variadas vertentes e que o outro Francisco, o Xico, tão bem relatou no seu texto. Mas o "melhor" da coluna em questão são os comentários, onde centenas de fãs, não-fãs, alinhados e desalinhados atacam e defendem o cantor e compositor de acordo com a sua conhecida posição política.
Recentemente, o ator Paulo Betti foi fortemente criticado pelas declarações que deu à saída de uma reunião com Lula na casa do ministro Gilberto Gil, no Rio de Janeiro. Betti desmentiu e reafirmou que as frases foram colocadas fora do contexto, como o blog de Jorge Bastos Moreno explica. Aliás, no mesmo blog, o jornalista fala sobre o caso do ator José de Abreu, que recebeu ameaças de morte pelo seu apoio ao governo Lula e foi "xingado" de nordestino em um dos mails que recebeu.
Em outro caso, o jornalista Reinaldo Azevedo critica o escritor Luís Fernando Veríssimo, pela forma como o autor gaúcho defende o governo ou como Veríssimo justifica certas atitudes de Lula que considera positivas. O título do post de Reinaldo Azevedo é "Veríssimo, uma besta!"
Não quero cair na defesa de políticos, uma vez que não é isso que este texto pretende, mas fico transtornado com a generalização burra - parafraseando Nelson Rodrigues de forma redundante - que certas pessoas fazem para atacar qualquer força de pensamento que não seja do seu agrado.
Posso não concordar com Paulo Betti(independente do mal entendido ocorrido nas suas declarações), mas o ator não deixa de ser o profissional reconhecido e consagrado. Assim como posso concordar com as suas afirmações e achá-lo um péssimo ator. Posso condenar certas afirmações de Chico Buarque, posso gostar mais ou menos do seu mais recente trabalho, mas ele não deixa de ser Chico Buarque. Posso discordar do pensamento político de Veríssimo, mas nunca diria que com o tempo "ele só piora", como faz Reinaldo Azevedo.
Há sempre um certo tom de desdém pela presença de Chico e Veríssimo nas ruas de Paris, como se isso significasse uma ausência da realidade brasileira ou uma falta de proximidade crítica para falar sobre o que quer que seja. Não concordo com o argumento. Gilberto Freyre, um dos maiores sociólogos e antropólogos da História do Brasil viajou pelo mundo todo ao longo da sua vida e a sua Casa Grande e Senzala continua a ser uma visão mais do que privilegiada do Brasil.
De repente, o país que tinha Chico Buarque, Luís Fernando Veríssimo, José de Abreu e Paulo Betti, passou a ter um "fidelista que não faz mais sucesso", um "socialista que vive em Paris", um "nordestino safado" e um "ator de meia tigela".
Independente dos governos, um país tem artistas - que têm, sim, suas posições políticas e o direito de explicitá-las. Cada fã não é obrigado a apoiar o seu ídolo. Conheço muitos fãs de U2 que não estão nem aí para as dívidas dos países africanos e conheço muita gente que apóia o combate à fome na África que não ouve U2.
O linchamento artístico só serve para empobrecer um bem que o Brasil tem de sobra, a cultura. Opiniões são bem-vindas, de todos os quadrantes. No entanto, o "bota abaixo" é uma técnica usada pelos políticos, que visa apenas derrubar por derrubar, sem se preocupar com as qualidades e pontos positivos da outra parte. Apenas para ver quantas frutas caem - e às vezes, caem as boas também.

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sexta-feira, setembro 15

Amenidades

Para quem acha que está passando mais tempo do que deveria no seu bunker..quero dizer, no seu quarto, ou que deseja reproduzir o jeito Lost de ser, têm aqui o simulador do contador da escotilha da série, com direito a versão abreviada para os mais afoitos. Só falta você chamar a sua mãe/pai ou o maridão/esposa de Locke, seus viciados!

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sábado, setembro 2

403 Forbidden


"É inaceitável que indivíduos que se dizem jornalistas armem uma longa teia de comunicação na internet para a prática de crimes".
Esse é o tom das muitas representações apresentadas pelo senador José Sarney(PMDB) contra o blog de Alcilene Cavalcante, que desde ontem apresenta a mensagem que dá título a este post por ter sido tirado do ar pelo UOL, depois do Tribunal Eleitoral ter determinado a retirada de alguns posts e da fotografia que acompanha esse texto.
A foto foi o início de toda a discórdia que, aliás, beira o absurdo, já que é uma representação de um cartoon pintado num muro de Macapá e que Alcilene registrou e publicou como todo e qualquer blogueiro já fez. No entanto, na opinião do ex-presidente, candidato à reeleição para o Senado, a caricatura, agora publicada em jornais e blogs de todo o Brasil e em todo o mundo, é fruto de uma teia criminosa. De acordo com a representação apresentada por Sarney, os jornalistas "convocam eleitores e mais jornalistas e internautas a comporem esse bando, inclusive de outros países. É inaceitável que a disputa eleitoral seja maculada com tão abjeta nódoa".
Concluo que o bando está aumentando e se existe uma nódoa na disputa eleitoral, ela não vem da opinião pública. Aliás tudo ficaria mais fácil se todos entendessem os blogs também como isso: liberdade de expressão. Mas em pleno século XXI abundam as pessoas que acham que ainda não estamos preparados para tal modernidade.
Aproveito para citar o final da notícia da Folha Online: "Quase dois meses após o início da campanha eleitoral, a coligação de Sarney já conseguiu que cinco meios de comunicação do Amapá saíssem do ar ou tivessem reportagens retiradas das páginas da internet. Outros meios já foram notificados por publicar charges ou notas com referência ao senador".
Para quem quiser saber mais, discutir, espernear e protestar, recomendo a leitura do asilo temporário de Alcinéia e no novo asilo político-bloguístico da jornalista, além do tópico do Idelber sobre o assunto no Biscoito Fino e a Massa.

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